siga as páginas

siga as páginas
"Vim pelo caminho difícil, / a linha que nunca termina, / a linha bate na pedra, / a pedra quebra uma esquina, / mínima linha vazia, / a linha, uma vida inteira, / palavra, palavra minha." Paulo Leminski

sábado, 16 de janeiro de 2010

Autotrofia


Quando, ao apagar da luz,
visto-me de madrugada,
quando, sombria e só,
minha alma medonha vaga
entre os meus becos soturnos,
ou por distantes plagas
como migalhas de luz,
fagulhas no fim da estrada.
Como migalhas de não,
como o que sobra de mim
quando não resta mais nada.

 

Um comentário:

Silvio disse...

Sempre não resta nada ... porque restar é estar assim, restando-se consigo e esperando que, do que nada resta, tudo se torne festa.