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"Vim pelo caminho difícil, / a linha que nunca termina, / a linha bate na pedra, / a pedra quebra uma esquina, / mínima linha vazia, / a linha, uma vida inteira, / palavra, palavra minha." Paulo Leminski

sábado, 13 de agosto de 2016

quarta-feira, 3 de agosto de 2016


Estão todos convidados para o trovejar da poesia. Se acheguem!

sexta-feira, 1 de julho de 2016

E disse o fodástico escritor potiguar Guilherme Henrique Cavalcante:

             O que fica depois da leitura dos "Versos temporais", de Leocy Saraiva é um chamado. Os versos nos convidam à (re)leitura. Bate aquela vontade de trazer o poema junto, de conviver com ele, de aprender com e ser apreendido por. Os poemas açoitam dentro da gente, se demoram pelos cantos do quarto, despedaçam-se nas calçadas, rolam dentro dos ônibus. Estes "Versos temporais" assombram pela força!
É preciso apontar que a autora compõe o seu estilo enquanto destila referências: Pessoa, Leminski, Caetano, Poe, mas seus versos têm identidade – o que falta nos nossos tempos de larga produção poética. São palavras de quem olha, paradoxalmente, de cima e de dentro. Não do remoto, mas do longe-perto. Percebe-se neles a urgência da fome e a cadência do ódio, a névoa da distância e o abismo do porvir.
Os versos de Leocy Saraiva fogem dos lugares comuns, da fácil comoção. Fazem caminho inverso, ocultam-se sob véus que, despudoradamente, nos convidam a descobrir e buscar deles a nudez frontal. Seus versos nos atingem como um desacato. Disparam: "Enveneno em mim as criações / de uma vida ingrata" e continuam, em outro poema, "não tenho tempo / me atraso para o depois, / cancelo o que é agora" ou sussurram "um menino segue / habitando o tempo. / E me guia:". Seus versos nos confundem – o que é próprio mesmo da poesia: (des)consolar, ir "do ventre ao caos" ou traduzir-se em um "ciclo de insignificâncias".
Leocy Saraiva, poeta que trava as tempestades entre os dentes, entrega às nossas Letras versos que cortam e afagam, "Versos temporais" que vêm em hora tão propícia: quando há o inesperado, sem trombetas e anjo da anunciação. Vêm de um lugar que não sei bem se é altar ou latrina e nos convidam ao melhor passeio: rumo ao desconhecido e desabitado humano. Entre!

Guilherme Henrique Cavalcante
Escritor

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Armadilha

Do Zine Maçã Mordida no Peito - maio/2016

segunda-feira, 27 de junho de 2016


Poema do Zine Maçã Mordida no Peito - maio-2016
Poema integrante do Zine nº 1 do DiRocha Coletivo Poético
Poema do livro Versos Temporais- Editora CJA, 2016 e  do Zine Maçã Mordida no Peito

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

QUERER

 

Quero inventar a calma para as tempestades
quando eu me derramar
no mar caudaloso do amor infinito.
Quero fazer minhas as palavras do silêncio,
quebrar meu desespero pela metade
e engolir, com o que sou,
meu doloroso grito.
 

domingo, 8 de julho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pelos cantos


Escorre dos olhos
o que me turva e neblina
como uma sinfonia de espantos
do que em mim desafina

Mas não há nenhuma novidade
meu canto emudeceu.
Cada canto de mim conta a minha história.
O fim do mundo sou eu.

terça-feira, 2 de março de 2010


A noite assombra e a sombra espalha
espelho, cacos, caos e navalha.
Na luz que engole e vomita o breu
galáxias jorram seu leite fora.

No coito dos astros,
cadente é a estrela do dia
que pra nascer implora
e um filamento de alvorada,
só por decreto da natureza,
tem a certeza de ser aurora.

Sobre as cabeças, o céu escasso,
conspiram os astros, em seu afã.
Um pouco acima do chão, desabo.
Talvez eu nem nasça amanhã!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Plenitude


Se na ida ou na vida
algo não se completa,
remeto-me à plenitude
do que em mim se poeta.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Palavras Cruzadas


Não quero o verso perfeito
ou a sorte de um amor tranquilo
quero um destino audaz.
Não penso na folha seca,
nas tempestades da vida,
no vento ou na flor que cai.
Só vejo a cor das palavras,
as pedras do meu caminho,
encruzilhadas na estrada
de onde eu não saio mais.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Fantasia


Recolho com a concha das mãos
com a alma, com o coração
um pouco de fantasia
tentando romper fronteiras
e dar à minha realidade a alforria.

Fraquejo, cometo enganos
porque, ao traçar os meus planos,
perco sempre a medida
entre a dor da minha chegada
e a alegria da partida.